terça-feira, março 02, 2010

todos os sentidos

Sentiu-o como o calor que se direciona à nuca. Um calafrio que enrijece o bico dos seios. E então, sentiu todos os pelos do corpo. Poderia contá-los, um a um.

De um instante para o outro, a adrenalina preenchia seu corpo fazendo pulsar sua mente, seu coração, todo o seu corpo.

A pele cada vez mais sensível ao toque dos dedos.

Os dentes cravavam seus lábios e a dor tornava-se uma dormência prazerosa.

Tentava controlar a respiração, cada vez mais ofegante.

O cheiro da cena, do hálito, do suor.

Do suor tinha também o gosto...

Via e ouvia todos os sentidos.

Quando acabou, seus sentidos todos deixaram de fazer sentido e o calor derreteu seu cérebro.


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